terça-feira, março 11, 2008

Bento XVI e os Novos Pecados Capitais

Vinde a nós pecadores, pois aqui todos entendemos muito disso.
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Se antes eles eram sete, agora são quatorze: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça, até agora os sete pecados capitais, receberam a companhia de outros sete, já que os antigos estariam se tornando comuns no que a Igreja chama de uma era de "globalização desenfreada".

Os pecados capitais “modernos” são: poluição ambiental, manipulação genética, acumulação de riqueza excessiva, geração de pobreza, consumo e tráfico de drogas, experimentos moralmente discutíveis e violação de direitos fundamentais da natureza humana. Publicada no domingo no jornal do Vaticano, Osservatore Romano, a lista foi divulgada por Benedito XVI em meio ao temor pela redução no número de católicos que praticam a confissão.
O Vaticano atualizou a lista de pecados capitais para adaptá-la à "realidade da globalização", coisa que não era sequer imaginada na época de Cristo. Segundo o Vaticano, a igreja precisou urgentemente adaptar a ideologia cristã à realidade atual, ou seja, fazer qualquer negócio para dar uma cara de veracidade a esse barco da cristandade que faz água aos galões e prepara-se para ir a pique.
"A desigualdade social, onde os ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres, alimentam uma insuportável injustiça social. Depois tem a área da ecologia, que hoje desperta grande interesse", apontou o monsenhor Gianfranco Girotti, responsável pelo tribunal da Cúria Romana no Vaticano.
Era só o que faltava, essa igreja que vendia a preço de ouro a absolvição de pecados, e que, durante a “santa” inquisição, assassinou milhares de pessoas, principalmente ricos proprietários de terras, das quais se apossava antes mesmo dos funerais dos antigos donos, vir agora falar em desigualdade social.
O pecado mais assustador para a Santa Sé, no entanto, é a pesquisa com células-tronco que vai contra a ordem natural. Então eu pergunto: E a pedofilia que prolifera há centenas de anos dentro das sacristias, conventos e seminários, sempre acobertada por todos os níveis hierárquicos dessa asquerosa igreja, aonde fica? Fica inclusa, disfarçadamente, sob o título de “luxúria”.
Pois é, os mais ignorantes são mesmo aqueles que procuram respostas de joelhos e de olhos fechados.

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3 comentários:

Nadja Rolim disse...

Esse papa é pop...ele não poupa ninguém!

Anônimo disse...

Acredito que antes de fazer qualquer crítica à igreja (não só a ela, mas a qualquer coisa), temos que olhar como está a nossa situção. Se a igreja propõe sete pecados contra os erros da globalização desenfreada, é porque o mundo necessita de um "puxão de orelha". Temos que estar sempre contextualizados com a época em que vivemos. Muitas vezes preferimos criticar sem antes mesmo olhar a nossa realidade...

Bastidores disse...

A essa igreja que você anonimamente tenta defender, não resta dignidade alguma, se é que já teve alguma durante sua existência bi milenar. O banco do Vaticano sobrevive a todas as crises porque abriga em suas covas os bilhões de dólares das máfias italiana, americana, japonesa, russa, etc., etc., etc. Apesar de contar com o silêncio de obreiros com desvios de condutas, o acobertamento de governos subservientes, e de parte da mídia ainda crédula e temente, não consegue conter o chorrilho de casos de pedofilia em todas as instâncias do clero, nem a constatação de orgias homossexuais em suas clausuras, conventos, seminários e sacristias. É dessa igreja que você sugere que eu leve um puxão de orelhas?!... Entregue você as suas duas, mas tenha cuidado em qual posição serão puxadas.