Como é difícil, Pai, fechar a porta!
Se na calada da noite eu me dano
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer desse doce veneno
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.Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
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.De que me vale ser filha da santa
Melhor seria ser filha da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
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.Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
"Gemidos" na cidade não se escuta
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