terça-feira, abril 03, 2007

Controladores de Vôo: Quase um Apagão de Hierarquia...

Sabotadores...
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Toda a nação chegou a pensar, em algum momento dessa crise aérea que já se prolonga por seis meses, se não estaria havendo sabotagem por parte dos próprios controladores de vôo.
Com aquela primeira quebra de equipamento logo após o acidente do jato Legacy com Boeing da Gol, todos tomamos conhecimento da fragilidade do sistema: falta de equipamentos sobressalentes para substituir os já sucateados, formação de mão de obra especializada em quantidade suficiente para que o sistema pudesse funcionar com segurança para todos, além da necessidade da criação de um grupo de estudos para deliberar sobre a desmilitarização do setor e equiparação salarial com os controladores civis.
A idéia de sabotagem apenas deve ter passado pela cabeça de cada um, mas, em momento algum, vi a imprensa ou mesmo os superiores militares e civis desses controladores os acusarem de motim.
A cada final de semana prolongado, um novo apagão aéreo; quebrava um equipamento vital em Brasília, e no outro dia quebrava equipamento semelhante em Curitiba; a aparelhagem revisada há apenas algumas semanas atrás, passava a apresentar defeito às vésperas do novo feriadão; queda de energia na sala dos controladores em Brasília, e queda de energia elétrica na sala dos controladores de vôo em São Paulo...
As imagens dos jornais televisivos eram desesperadoras: atendentes de empresas aéreas acuados entre os aviões às suas costas sem decolarem, e os passageiros com os bilhetes nas mãos e aos gritos nas suas frentes; crianças e idosos dormindo sobre malas nos saguões dos aeroportos; passageiros com fome, sede, sono, e sabe-se mais o quê... Não! Não poderia ser sabotagem com toda uma nação... a sua pátria, os seus irmãos...
Foi horrível e deprimente ontem, saber que foi tudo sabotagem mesmo!... Foi pura sacanagem, falta de honradez, de dignidade na hora de lutar pelo que achavam ser direito deles. Foi um golpe baixo e sujo com todo o país, que preferiu acreditar que eles jamais jogariam tão sujo, jamais seriam tão mesquinhos, tão insensíveis.
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